sábado, 21 de maio de 2016

Feios, Porcos e Maus



Feios, Porcos e Maus um filme de Ettore Scola


Um filme que nos mostra de forma crua, direta, mas simultaneamente bem-humorada, o que a pobreza pode fazer ao ser humano ao atira-lo para uma situação em que a simples satisfação das necessidades mais básicas não está garantida.

A história de uma família pobre e muito numerosa que vive numa pequena barraca de uma única divisão num bairro pobre da periferia de Roma nos anos setenta. A promiscuidade, a criminalidade, a sujidade, a violência invadem o quotidiano e preenchem-no completamente. 

Extraordinária a presença de Nino Manfredi,no papel do avaro chefe de família a quem um acidente de trabalho vazou um olho e lhe deu uma pequena indemnização que vai a ser a cobiça dos seus familiares.

Ettore Scola, que ganhou com este filme o prémio de melhor realizador no Festival de Cannes de 1976, morreu em Janeiro de 2016 em Roma deixando uma das obras cinematográficas mais tocantes do ponto de vista humano e mais penetrantes do ponto de vista social do cinema europeu da segunda metade do século XX.


Realizador: Ettore Scola
Produtor: Carlo Ponti
Fotografia: Dario Di Palma
Música: Armando Trovajoli
Ano: 1976
Atores: Nino Manfredi, Francesco Anniballi, Ennio Antonelli, Marcella Battisti, Maria Bosco, Giselda Castrini, Francesco Crescimone, Beryl Cunningham, Alfredo D'Ippolito, Giancarlo Fanelli, Silvia Ferluga
 

terça-feira, 17 de maio de 2016

No Direction Home

No Direction Home realizado por Martin Scorsese

Os cinco nos da vida e obra de Bob Dylan que medeiam entre 1961 e 1966 em que vindo de uma pequena cidade mineira no interior do Estado do Minesota se afirmou na cena musical norte-americana e internacional como um original cantor de raiz folk de canções de intervenção, marcadas por letras de grande beleza e profundidade.

Temas como Hard Rain e Blowing in the Wind são emblemáticos deste periodo que termina com o acidente de moto de Dylan em Julho de 1966 e que o levou a um longo período de reclusão e de afastamento da atividade musical.

Bem retratada está acesa polémica sobre a eletrificação da música, inicialmente acústica, de Bob Dylan, com amigos e fãs a contestar essa aparente aproximação ao rock e vista como uma “traição” quer à forma do género (folk) quer do espirito, visto que o som elétrico era percecionado como sendo mais comercial.

Um filme que recria toda uma atmosfera vibrante dos anos 60 na América e da contracultura nascida do embrião da geração beat e do perigo constante da deflagração de uma guerra nuclear.

Indispensável para quem pretenda conhecer os primeiros anos da carreira de Bob Dylan, mas também para quem queira compreender a sociedade dos anos 60 nos Estados Unidos.



Realização: Martin Scorsese
Produtores: Susan Lacy, Jeff Rosen, Martin Scorsese, Nigel Sinclair,
Anthony Wall
Fotografia: Mustapha Barat
Data lançamento: 2005