El
Mégano um filme de Julio García Espinosa
Num pântano
de águas calmas, barrentas e pouco profundas homens e mulheres e crianças,
mergulhados até à cintura, recolhem à força de braços trocos e raízes
depositados no fundo que depois transportam em pequenas barcas impulsionadas manualmente
com o auxílio de varas para terrenos mais altos onde os transformam em carvão.
A
exploração mais crua, a miséria mais extrema, a raiva mais genuína de punhos
que se fecham com determinação e esperança.
Um
belo filme, com imagens singelas, simples que relatam de forma realista mas
profundamente tocante a vida de uma comunidade cubana
A
forma como os trabalhadores são usados e manipulados é semelhante à descrita
por Ferreira de Castro em A Selva embora aí se tratasse da recolha da seiva da
borracha e aqui da venda de carvão.
Realizado
durante a ditadura a obra foi censurada e proibida, só podendo ser plenamente
mostrada aos cubanos depois da revolução.
No
filme/documentário os atores que lhe dão vida e alma são trabalhadores reais
cuja dura vida aí está retratada. O título vem do nome da localidade em que
decorre a ação.
Julio Garcia
Espinosa, comunista convicto, morreu este ano em Havana, prestes a completar 90
anos de idade.
Realização: Julio
Garcia Espinosa
Produção: Laboratorio
Cinematográfico CMQ
Fotografia: Jorge
Haydú
Argumento: Julio
García Espinosa, Tomás Gutiérrez Alea, Alfredo Guevara, José Massip
Atores: Trabalhadores
reais
Música: Juan
Blanco
Ano: 1955
Duração: 25
minutos
Língua: Espanhol
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