Solaris um filme de Andrei Tarkovsky
Um filme com imagens extremamente belas, de
uma tranquilidade angustiante, que avança, num ritmo pausado pontuado por uma
música sublime, abordando temas de grande profundidade sobre o conhecimento, a
fronteira entre a realidade e a alucinação, entre o consciente e o
inconsciente, a comunicação, a dor e o desespero, o sentimento de culpa, o luto
inacabado e persistente, a tristeza, as memórias da nossa infância, o sentido
da vida humana e da morte.
Um oceano vivo, inteligente e atuante, capaz
de ler as memórias mais íntimas e dolorosas e de lhes insuflar, ainda que de
forma parcial, incompleta e artificial, uma nova vida.
Uma frase a propósito de quem pensa muito no
sentido da vida “E pensar nisso é como
saber o dia da própria morte. Não saber qual é esse dia é o que nos torna
imortais”.
De Solaris romance de ficção científica de Stanisław
Lem dois outros filmes foram realizados, um em 1968 dirigido por Boris
Nirenburg e o outro de 2002 com assinatura de Steven Soderbergh. Nenhum, porém,
tem a força, a beleza e a profundidade de Solaris de Andrei Tarkovsky.
Ganhou o Grande Prémio do Festival de Cannes
em 1972.
Uma obra-prima da cinematografia mundial.
Realização: Andrei Tarkovsky
Produção: Viacheslav Tarasov
Fotografia: Vadim Yusov
Argumento: Fridrikh Gorenshtein e Andrei
Tarkovsky
Baseado: Solaris de Stanisław Lem
Atores: Natalya Bondarchuk, Donatas Banionis,
Jüri Järvet, Vladislav Dvorzhetsky, Nikolai Grinko, Anatoly Solonitsyn
Música: Eduard Artemyev
Ano: 1972
Língua: russo e alemão
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